Você escuta para compreender ou só para responder?
29 out 2020
É fato que o diálogo é a base para um bom relacionamento. Ainda assim, é comum que ele não seja usado da forma mais ideal.
Visando suas individualidades, mesmo que de forma inconsciente, os parceiros acabam se tornando rivais no momento de conflito, e a discussão se torna uma disputa de quem tem o melhor argumento.
A intenção de nomear um culpado é um problema, já que, havendo a necessidade de se resolver, é importante que o casal se esforce em conjunto. Estar na defensiva nestas horas faz com que todo posicionamento do outro soe como um ataque, gerando uma resposta que pode magoá-lo de forma desnecessária.
Permitir-se somente ouvir em algumas situações não é sinônimo de fraqueza. Esta atitude é vista como um problema porque não ter algo a dizer, seria como aceitar “perder”. Por isso, é importante frisar para si mesmo que o relacionamento não é uma competição. Há momentos em que um demanda mais que o outro, sendo necessário fazer com que a balança esteja justa, e isto nem sempre significa estar com pesos iguais.
Na relação os sentimentos tanto de um quanto do outro, precisam ser considerados. Dispor-se a escutar o que o outro tem a dizer, é tentar compreender o seu lado e enxergar suas demandas. Ouvir somente para ter o que responder não valida o que foi dito pelo(a) parceiro(a). Além disso, as devolutivas nestes momentos costumam ser de formas genéricas e impensadas, o que torna a discussão nada mais que um “bate boca”.
Querer vencer a discussão transforma o conflito em um “vale tudo”. A partir disso, qualquer álibi é utilizado para desarmar a outra pessoa, desde ofensas pequenas, até colocar contra ela seus pontos fracos. “Ganhar a briga” e perder a capacidade de olhar também pela perspectiva do outro não é um bom negócio. A discussão é positiva quando busca-se o caminho para a resolução do conflito e o bem estar do casal.
Sempre deve-se lembrar que o conflito é necessário, pois ele traz em si oportunidades de mudanças. Mas deve-se ter o cuidado para não virar um confronto, o que seria algo totalmente improdutivo e gerador de mágoas.