Site de traições revela dados sobre quem trai no Brasil

Site de traições revela dados sobre quem trai no Brasil
29 jun 2016

Com faturamento de US$ 115 milhões em 2014, o site de relacionamentos Ashley Madison é muito procurado por pessoas comprometidas que desejam um relacionamento extraconjugal. Com o slogan “A vida é curta, curta um caso”, o site atingiu no último ano a marca de 36 milhões de usuários no mundo, sendo 3 milhões no Brasil.

Outra rede com o mesmo propósito é o Second Love, que conta com cerca de 400 mil usuários no país. Com tantos usuários, os sites têm divulgado estatísticas sobre o perfil dos infiéis no Brasil e no Mundo.

Quem trai?

O Second Love realizou uma pesquisa com mil usuários brasileiros, e constatou que 70% eram homens, sendo um terço deles com idades entre 30 e 39 anos. Pouco mais da metade possui curso superior completo e 48% são adeptos do cristianismo.

O Ashley Madison mostra a disparidade entre os sexos de acordo com a idade. Na faixa etária acima dos 50 anos, são 13 usuários homens para cada mulher. Já entre os 20 a 40 anos, para cada homem há uma usuária mulher (50%).

Mulheres estão traindo mais

O Ashley Madison apontou a mulher jovem brasileira como a que mais trai no mundo. O site, que vem registrando aumento no número de usuárias do sexo feminino, apontou que as brasileiras iniciam seus relacionamentos extraconjugais com apenas 1 ou 2 anos de casamento.

Sobre o extenso número de usuárias jovens no site e a ausência de mulheres com idades acima dos 50 anos, especialistas afirmam ser um efeito da independência feminina, sobretudo econômica. No século passado, por exemplo, a mulher era dependente economicamente do marido, o que causava receio quanto a possibilidade de separação. Agora, tendo sua própria renda e custeando seu próprio padrão de vida, as mulheres não precisam ter incertezas financeiras quando pensam em trair.

Os motivos da traição

Na pesquisa do Second Love, os usuários traem devido a falta de sexo no casamento (61%), mas outros motivos também foram citados, como o fim da paixão (35%), a deterioração da comunicação entre o casal (26%) e a incompreensão no relacionamento (19%). A maioria revelou buscar apenas relações casuais, sem compromisso.

Não acreditam na monogamia e não confessam o que fazem

56% dos pesquisados disseram não acreditar na monogamia e 70% deles não revelam suas traições ao parceiro.

Ricos traem mais

Homens em situação econômica mais favorável traem mais que aqueles com problemas financeiros.

Mais da metade já traiu sem ser descoberto

79,9% nunca flagrou o parceiro sendo infiel, logo não é possível afirmar se já ocorreu alguma traição. No entanto, entre os que assumiram terem traído, 59,2% traíram sem terem sido descobertos.

As consequências da descoberta

Em outra pesquisa, realizada nos Estados Unidos, 19% dos entrevistados disseram ter rompido a relação quando descobriram a traição por parte do parceiro. 22% tentaram prosseguir com o relacionamento, mas acabaram terminando pouco tempo depois.

Em geral, a traição, quando descoberta, causa marcas difíceis de serem reparadas. A perda da confiança é a principal delas, e a que mais traz incômodo quando o casal tenta retomar a relação, já que a parte traída muitas vezes passa a desconfiar de tudo que o parceiro faz.

O ciúme pode aumentar significativamente e, quando não é superada totalmente, a traição se torna argumento recorrente nas brigas do casal, trazendo o problema à tona, ressaltando a mágoa de quem foi traído e magoando aquele que cometeu o deslize.

Recai sobre o traído que deseja retomar a relação a cobrança social de estar perdoando o erro do outro. Amigos e parentes podem reprovar a atitude de perdoar, o que compromete a relação do casal com seus próprios amigos e familiares.

Quando o relacionamento passa por momentos de insatisfação, seja afetivo, sexual ou de qualquer natureza, o ideal é abrir o jogo com o parceiro, colocar as insatisfações em pauta e procurar soluções. Muitas vezes a ajuda de um profissional seja psicólogo ou terapeuta, é fundamental para que o casal volte aos tempos harmônicos.

Usar o adultério como escape pode parecer uma boa maneira de suprir suas necessidades, mas, além de ser um ato infiel e desleal com o parceiro, se descoberto pode causar todas as consequências citadas acima, quando não causa o rompimento permanente da relação, o que pode trazer um profundo arrependimento e muito sofrimento a ambos os parceiros.

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Ana Carolina Morici
Ana Carolina Morici

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