Quando a doença chega ao relacionamento

10 maio 2022

Um relacionamento é firmado “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, mas a questão é que, dificilmente o casal está preparado para o quão devastador pode ser uma doença, quando passa a fazer parte da vida conjugal.

Quando um dos cônjuges adoece, a relação se divide: um se torna o cuidador, enquanto o outro passa a ser o receptor dos cuidados, e ambos os lugares são difíceis de se habitar. Inicialmente, uma grande mudança já acontece, pois a enfermidade recebe todas as atenções, e consequentemente o dia a dia do casal se transforma, passando a receber outras prioridades, e também limitações.

É possível que os cônjuges entrem em um conflito interno, e este pode ter várias facetas, e uma delas é julgar o lugar do outro mais fácil que o de si próprio. Contudo, é importante lembrar que ambos estão passando por esta dificuldade, cada um sob a sua ótica, e isto precisa ser respeitado.

Além disso, aquele que está na posição de cuidador, possivelmente terá grande parte do seu tempo tomado, o que merece atenção. Por mais que uma rotina de consultas, remédios, procedimentos e exames demande excessivamente, é fundamental tirar um tempo para si, para que sua saúde mental não seja prejudicada.

Este momento a sós consigo pode ser o mais simples possível, somente para que o cuidador possa olhar para a suas necessidades pessoais. Como ele está com relação à sua aparência? Tem conseguido caminhar um pouco? Ler um livro? Se exercitar? Enfim, tudo isto pode ser levado em conta, se 30 minutos diários forem reservados para elas, e que seriam minutos sagrados.

Além de cuidar de si mesmo, o cuidador precisa exercer a escuta ativa e realmente ouvir as necessidades de seu cônjuge enfermo. Nestes momentos é essencial se dispor a estar ali, realmente presente. Cuide como gostaria de ser cuidado, pois assim você manifesta o seu carinho e transmite ao outro a importância dele em sua vida.