Mulheres sofrem mais com o fim do relacionamento, mas se recuperam mais rápido

Por Ana Carolina Morici

Em Terapia de Casal

16 set 2016

Um estudo realizado pela Universidade Binghamton, nos Estados Unidos, solicitou a mais de 5 mil pessoas em 96 países que classificassem seu sofrimento físico e emocional após terminar um relacionamento sério. O nível de sofrimento deveria ser pontuado em escala de 0 (nenhum sofrimento) a 10 (muito sofrimento). Em geral os homens declararam sofrer menos que as mulheres, que se sentiam mais perdidas e temerosas após o fim da relação.

Para o pesquisador responsável pelo estudo, Craig Morris, a explicação para o maior sofrimento feminino é biológica. Segundo Craig as mulheres, assim como as fêmeas do reino animal, são as responsáveis por gerar os filhotes da espécie, sendo assim, as mulheres são equipadas com um instinto para que escolham parceiros que possam gerar bons descendentes. Por esse motivo a mulher escolhe seu parceiro de maneira muito mais criteriosa e cuidadosa e, depois de aprovado, a perda desse parceiro causa um impacto maior.

Mulheres sofrem mais com o término do relacionamento, mas sua recuperação é mais eficaz.

Embora o sofrimento seja mais intenso quando a relação chega ao fim, e embora o tempo de sofrimento possa variar de pessoa para pessoa, chega um ponto em que a mulher se dá conta de que a relação acabou e de que é hora de superar, de tocar a bola para frente. No tempo em que esteve abalada, a mulher recorre principalmente ao apoio emocional dos amigos.

Homens lidam de maneira mais autodestrutiva com o fim da relação.

Os homens alegam sofrer menos, mas podem demorar meses (ou até anos) a mais que as mulheres para processar o fim do relacionamento. Se elas usam o suporte dos amigos, os homens partem para estratégias mais arrojadas e imediatistas. A maioria se dedica a aplicativos de relacionamento (como o Tinder) e a paqueras nas redes sociais. Nessas paqueras acabam por conhecer pessoas novas, e então decidem superar o que passou e seguir em frente, motivados pelo novo relacionamento. O que nem sempre os faz esquecer o relacionamento anterior.