Diferenças culturais familiares
21 jan 2021
A forma como cada um dos pares do casal foi criado, varia de família para família, mesmo ambas sendo da mesma cidade ou até mesmo vizinhos, pois cada família tem uma “cultura” (valores, costumes, prioridades, etc).
Inicialmente ambos acreditam que têm uma total identificação, mas estas diferenças vão se manifestando durante o convívio diário. Descobrem que os valores e padrões morais são iguais, porém alguns aspectos da educação diferem, apesar dos valores morais serem os mesmos. Alguns costumes familiares, de prioridades e até mesmo de modo de criação de seus próprios filhos, podem divergir e isto gerar grandes conflitos.
Nota-se que estas divergências viram conflito, como se a família de cada um fosse a “correta”, e por vezes nenhum dos pares abre mão desta crença, pois sempre a sua família é “a certa”. É compreensível esta “convicção”, pois o lar de cada um é o berço da socialização, cultura e educação. Mas não se pode abrir mão da flexibilização, pois quando um casal se forma, isto não impede que haja um senso crítico daquilo que cada um discorda de sua própria família. Isto propicia a não repetição de forma automática e até mesmo inconsciente destes hábitos e costumes que até mesmo cada um questiona.
Assim, é uma boa oportunidade avaliar estes comportamentos os quais cada um discorda, com a mente aberta a escutar o outro e avaliarem conjuntamente aquilo que não gostariam de repetir, por não acharem produtivo. Desta forma, criam um “modus operandi” novo para a relação, sem as amarras que julgam carregarem.
No entanto, é importante ressaltar que nem tudo que trazem da família de origem não seja válido e, pelo contrário, é de suma importância. Não dá para “descartar” tudo, pois o que cada um é hoje, foi formado e estruturado pela família de origem e foi por esta pessoa, resultado desta criação, que cada um se apaixonou.
Enfim, avaliem aquilo que não julguem válido repetirem, e repitam aquilo que julgam positivo e de extrema importância, para estruturarem a vida em comum do casal que se inicia, de uma forma própria, com a qual querem educar os filhos que acaso terão.