Até que ponto os avós devem intervir na educação dos filhos?
18 jun 2024
Em muitas famílias, os avós acabam sendo uma rede de apoio para os pais, assumindo o cuidado com os netos ao longo da semana no contraturno escolar, ou aos finais de semana.
De um jeito ou de outro, é certo que eles podem vir a se sentir à vontade para “opinar” na educação dos pequenos, seja por ter essa parcela no cuidar deles, ou por se darem o direito simplesmente por serem avós.
É certo que, em alguns casos, isso pode incomodar os pais. Há casais que decidem que a criança só irá comer alimentos com açúcar a partir dos dois anos, e os avós insistem que o açúcar não faz mal, e até oferecem doces e balas para o neto.
Em outros contextos, pode acontecer de os avós tirarem a autoridade dos pais em limites impostos, já que comumente em “casa de vó” tudo pode, o que acaba por desregular e até mesmo confundir as crianças quando o convívio é mais frequente.
No entanto, já que são essas as pessoas que oferecem grande ajuda, como impor demarcações? É importante primeiro, que o casal converse entre si para estabelecer tais limites. Não adianta um dos cônjuges empregar energia para tal, enquanto o outro não se esforça ou até mesmo concorda com as atitudes dos avós.
Nesse último caso citado, é fundamental entrar em um acordo. Se somente um dos parceiros está incomodado, é de grande valia que o outro o escute de forma ativa e leve em consideração as demandasdo(a) parceiro(a), para que assim possam construir os limites que serão impostos.
Quanto ao momento de comunicar os avós, é interessante se ter em mente que eles não possuem a intenção de prejudicar a criança, e sendo assim, o cuidado na forma de falar é essencial, para que a relação não seja prejudicada.
O ideal é pedir pelo respeito e frisar que na hora certa, os docinhos poderão ser oferecidos, bem como “permitir tudo” nem sempre é um ato de amor, principalmente se os pequenos passam muitas horas com eles.