A revisão de regras no casamento

23 dez 2020

O casamento contemporâneo propõe novas configurações que se adequem à evolução dos relacionamentos, que deixaram de ser engessados como eram até algumas décadas atrás.

Inicialmente, as relações começaram a apresentar uma maior demanda de flexibilidade. Os casais passaram a se dividir entre o individualismo e a conjugalidade, sendo o primeiro ponto a favor do desenvolvimento pessoal de cada um dos cônjuges, enquanto o segundo valoriza a vivência enquanto casal, com todas as carências e complementaridades da realidade da vida a dois.

Esta flexibilidade procura atender ambas as partes, de maneira que os parceiros consigam integrar seu espaço individual e a convivência com o outro. Trazendo para o dia a dia, isto pode ser aplicado com acordos feitos pelo casal, como por exemplo, estabelecer um dia – ou mais – na semana para que cada um possa ter um momento sozinho ou com amigos. Já outros momentos na rotina serão voltadas para programas a dois que valorizem a relação, tentando fazer com que ela não caia demais na rotina.

Existe também a necessidade de (re)analisar os papéis que cada cônjuge ocupa no relacionamento. A inserção da mulher no mercado de trabalho desfaz a perspectiva de o serviço doméstico ser realizado somente por ela, para que não aconteça uma sobrecarga. Com isso, dividir as tarefas domésticas de acordo com a disponibilidade de cada um favorece uma relação mais equilibrada.

Por fim, a sexualidade passou a ser vista de forma mais natural, apreciando a descoberta de novas experiências sexuais. Tratar este tema de maneira leve ajuda o casal a quebrar tabus que foram construídos ao longo da história do casamento, favorecendo a sua intimidade.

A conexão do casal em suas múltiplas vivências é importante para auxiliar na evolução de cada um enquanto indivíduo e também enquanto casal, o que é fundamental para a manutenção de um relacionamento saudável.