A carga mental das mulheres
25 jan 2022
Culturalmente, as mulheres são tidas como a “cabeça pensante das relações”. São elas que cuidam de tudo, seja dos filhos ou do marido, que sabem onde está cada objeto da casa, que se atentam aos horários, às obrigações, etc. Estas ações são frequentemente romantizadas, como se fosse uma forma de amor estar o tempo todo mentalmente ativa. Contudo, isto se trata de um desgaste, e é preciso que os maridos se atentem para que aliviem suas esposas.
É comum que muitos homens digam a seguinte frase: “eu a ajudo, sempre que ela me pede para fazer algo eu faço”. E é esta a questão, o pedir é cansativo, porque a carga mental ainda continua sendo totalmente da mulher. O esposo necessita se esforçar para pegar algumas demandas para si, e realizá-las do começo ao fim, seja uma consulta médica do filho que precisa ser marcada, a reunião na escola, compras que precisam ser feitas…
E por falar em escola, é interessante notar a baixa frequência de pais nos compromissos escolares de seus filhos, ao contrário das mães. Normalmente, elas são mais presentes por estarem mais engajadas no que envolve as crianças, sendo primordial que os homens passem a se questionar, se não está cômodo demais deixar que as esposas tomem conta de tudo.
A mãe é ainda vista como “a chata”, porque é com ela que fica a correção e educação dos filhos, enquanto os pais são, na maioria das vezes, sinônimo de permissividade. É fundamental que os cônjuges dividam integralmente os cuidados com a educação dos filhos, para que possam equilibrar a relação entre eles. Aos homens, é importante trabalhar a capacidade de ser companheiro no sentido literal da palavra.