Quando abrir mão pelo outro?
06 jun 2022
A linha entre abdicar de si pelo cônjuge e ser totalmente irredutível quanto a isso é bastante tênue. Assim o casal pode ficar em dúvida como “por que devo abrir mão pelo meu parceiro?” “Eu estaria perdendo meu lugar na relação ao fazer isto?” “Por que fazer isto?”
É comum que um dos maiores conflitos em um relacionamento gire em torno dos cônjuges disputando para ver quem termina com a razão. E se libertar disso pode ser sinônimo de demonstrar fraqueza diante do outro, o que não é verdade.
Vamos desenhar uma situação. O cônjuge convida sua parceira para ir com ele a um jogo de futebol, programa que ela por sua vez detesta. Cria-se então um impasse.
O que deve ser analisado em momentos como este é: qual a importância que a presença dela no jogo tem para ele? Seria possível negociar isto, como por exemplo, ela ir somente uma vez? E a pergunta mais importante, quais fatores são realmente relevantes a ponto de fazê-la detestar a ida no estádio, e quais são somente implicância? Muitas vezes, as pessoas ficam presas à antipatias por coisas que podem ser que nem sabem seu fundamento, o que é possível ser trabalhado.
Abrir mão pelo outro pode ser “sinônimo de estar perdendo” para ele, mas é importante lembrar que a relação funciona como uma via de mão dupla. Pode ser que haja circunstâncias que realmente seja intolerável para cada um, como estar na companhia somente dos amigos dele ou dela. Contudo, o principal ponto a se ter em mente é que não há nada que não possa ser negociado entre o casal. Ambos podem entrar em um acordo como: se ambos não gostam de fazer programas com os amigos do parceiro, podem então acompanhar o outro apenas uma vez no mês ou algo assim.
É importante perceber que, aquilo que é importante para o cônjuge merece ser levado em conta de forma genuína, pois é assim que você também gostaria de ser compreendido. Desta forma, o casal viverá em harmonia, apesar das diferenças, que é fundamental que sejam respeitadas.