“Eu confio, mas…”
15 mar 2022
Você confia mesmo em seu cônjuge? Ou a confiança nele existe uma série de “mas…”? Você confia, desde que ele não esteja em um ambiente cheio de mulheres. Você confia, desde que ele não viaje sozinho. Você confia, desde que tenha acesso ao WhatsApp dele. Você confia de verdade, desde que saiba de cada passo que ele dá. Então, você não confia.
Algumas pessoas têm a mania de colocar muitas condições para coisas que precisam simplesmente ser uma máxima para que a relação funcione, e a confiança é um dos principais pilares do relacionamento. Não dá “precisar ver para crer”. A confiança, além de tudo, não é inata, mas sim construída, e exige esforço de ambas as partes.
No início, para demonstrar ao cônjuge que você é confiável, o respeita e zela pela relação nas mais variadas situações, é preciso que suas falas tenham coerência com seus atos. Isto quer dizer que é essencial mostrar como você realmente é, e como se porta em todos os lugares. O esperado é que, depois de um tempo, esse sentimento se fortaleça e que não seja mais necessário certificar o outro. Se torna um problema quando ambos ficam dependentes desta certificação.
Tal dependência é fortalecida pela necessidade de garantir que o outro não está falhando com você. Esse comportamento de vigiar o cônjuge para assim poder confiar nele, nada mais é que uma demanda pessoal sua, que não pode ser maquiada como sendo algo natural de qualquer relação.
Suponha que você inicie em um namoro com alguém que passa alguns dias da semana viajando à trabalho. Como ter total garantia de que a outra pessoa não vai lhe trair? Passando 24h em uma chamada de vídeo com ela? Perceba como é inviável, e se isto fosse possível, seria extremamente sufocante.
A confiança deve ser livre de “poréns”, e se o outro não se mostra digno dela, é melhor sair da relação do que se desgastar tentando garantir que ele está sendo fiel a você.
