Ser “felizes para sempre”: é possível?
23 dez 2021
Nos contos de fadas, após o final da história há sempre reticências e o leitor pensa: o casal teve filhos? Se mudou? Começaram um novo negócio? Independente de tudo isso, o que se sabe é que “foram felizes para sempre”. No entanto, ter como meta a felicidade eterna é algo um tanto fantasioso, e pode submeter a relação a abalos mais frequentes que o esperado pelos cônjuges, tamanho o grau de exigências.
Ao longo da vida conjugal, nem tudo terá uma solução perfeita e idealizada, sendo importante que o casal tenha uma estrutura firme que sustente a relação que está sendo construída.
Um dos pontos de destaque é a capacidade do casal de suportar pressões. Por vezes, os cônjuges podem até estar convivendo bem, mas dificilmente todas as outras áreas de suas vidas estarão em perfeito equilíbrio. A família de um deles pode estar exigindo maior demanda emocional, enquanto o outro talvez esteja tendo momentos ruins no trabalho. Assim, é benéfico que tenham um bom diálogo para que consigam se apoiar, e estabelecer limites para que a relação se mantenha saudável.
Além disso, nem sempre cada parceiro poderá oferecer 100% de seus esforços para o relacionamento. Nestas horas, a outra parte, que está mais estável, completará o que falta. O que é fundamental é que cada um se esforce ao máximo possível e que busque entender as limitações do outro e não fazer cobranças excessivas.
Por fim, quando a relação estiver fragilizada, que tentem encontrar maneiras o menos desastrosas possível para se alinharem. Quando o casal espera por uma vida juntos e totalmente livre de adversidades, dificilmente conseguirão passar pela primeira delas, não sendo felizes nem agora, nem para sempre.