Divórcio na maturidade
08 mar 2021
O aumento da expectativa de vida das pessoas aumentou nos tempos contemporâneos. Isso fez com que as pessoas passassem a arriscar mais no aspecto “relacionamento afetivo”. Hoje são valorizados relacionamentos em que ambos os cônjuges estejam felizes, o que implica que os casamentos não precisam perdurar “até que a morte os separe”.
Não é incomum que mulheres peçam pelo divórcio, motivadas por terem vivido anos se dedicando ao casamento e aos filhos, o que as leva a quererem viver de forma mais livre e prazerosa. Elas tomaram consciência de que podem sentir prazer – sexual ou de um modo geral – independente de já estarem em uma fase mais madura.
Geralmente estas mulheres são independentes financeiramente, o que não as prende numa relação de dependência econômica ao ex-marido.
É interessante constatar que após pedirem o divórcio, elas partem em busca de uma próxima relação, porém em novos moldes, em que sejam valorizadas as individualidades – dela e do parceiro – sem esquecer a realização afetiva. Buscam uma relação mais consciente, pois, por estarem emocionalmente mais maduras, sabem o que querem e o que lhes seria mais benéfico.
Porém, para tomarem esta atitude, geralmente avaliam alguns quesitos, como sua capacidade de ficarem sozinhas por um tempo, ou até mesmo o fato de não encontrarem alguém que satisfaça os requisitos que buscam. No entanto, este novo estado de “solterice”, pode lhes parecer mais leve e prazeroso do que se manterem num casamento, em que não se sentiam bem em quase nenhum aspecto (afetivo, sexual, emocional, valorativo, etc).
Enfim, é uma decisão pessoal, que geralmente é bem avaliada não somente pelo aspecto emocional, mas também racional, pois pela própria maturidade adquirida com a idade, não ocorre de forma impulsiva e precipitada. É portanto uma decisão mais consciente, pois caso queira e encontre uma nova relação, esta será mais livre de pressões sociais, o que pode ter sido o que a manteve presa a um casamento insatisfatório por longo tempo.
