Criação dos filhos x relacionamento do casal

16 fev 2020

Criar um filho tem sido cada vez mais reconhecido como uma tarefa difícil. É nítido que estar cem por cento alinhado com o parceiro é humanamente impossível, porém, a relação pode ser construída em atitudes que tornem mais suave a tomada de decisões que evolvam os filhos, e a forma de lidar com estas atitudes.

É muito importante que a relação enquanto casal e enquanto pais, não seja motivo de grandes conflitos. Discutir na frente das crianças, qual seja o assunto, pode ser muito prejudicial, já que pode fazer com que elas fiquem confusas e não saibam como lidar com este desconforto, portanto o ideal é que, o que diz respeito aos parceiros, seja tratado de forma reservada.

É muito comum que, em determinadas situações, os genitores “detonem” ao outro para com os filhos. É preciso ser esclarecido que a relação pai / filho, ou mãe / filho, é diferente do que quer que esteja ocorrendo entre seus pais. Ainda que ambos estejam em “pé de guerra”, não cabe aos filhos tomarem partido nem de um e nem do outro, e tal atitude não pode ser incentivada.

Quando a pauta for uma tomada de decisões que irão afetar a vida de um filho, se faz necessário que os pais entrem em consenso. Não é interessante que cada um decida rumar para lados opostos, seja por discordar da opinião do outro ou por achar que a sua é mais importante. O foco deve ser sempre os filhos e o que vai ser melhor para eles. É essencial que haja a compreensão que os pontos de vista de ambos os pais devem ser considerados, levando-se em conta que os dois desejam fazer a melhor escolha.

Naturalmente, os pais têm ascendência sobre os filhos, em conjunto ou separadamente. A partir do momento em que, o pai ou a mãe resolve tomar alguma medida que diz respeito ao filho, esse não deve ser tirado de seu posto de autoridade (não autoritarismo). Tal atitude pode quebrar a relação de respeito mútuo que existe entre o casal. Se por exemplo, a mãe coloca o filho em um castigo e o pai automaticamente o livra deste, é lógico que o filho recorrerá sempre a esse benefício, buscando o pai e colocando a mãe em posição de vilã.

É preciso que cada membro do casal tenha sua posição levada em conta e que seja respeitada. E não podemos esquecer que acima de tudo, são os pais os orientadores dos filhos, não abdicando de sua posição de adultos e de responsáveis pelo encaminhamento dos filhos.

Conflitos estarão presentes no dia a dia de todos os casais, e isto desgasta a relação. Mas é importante lembrar que a relação do casal precisa ser cuidada, e para isto as opiniões precisão ser alinhadas. Nada como o velho e bom diálogo…