O perigo de não dar atenção a comentários aleatórios do parceiro
03 maio 2017
Imagine que você está em casa, utilizando seu computador para determinada tarefa. Nesse momento seu marido ou esposa, que está próximo, faz, do nada, um comentário completamente aleatório do tipo: “É muito interessante imaginar que os pinguins não tenham joelhos”. Qual a sua reação?
(a) Ignora o comentário, afinal foi algo apenas jogado no ar e não é necessário prosseguir o assunto
(b) Repreende o outro por desconcentrá-lo com um comentário tão desimportante
(c) Sem dar atenção, responde de maneira automática com um “Aham”
(d) Pausa o que está fazendo, olha nos olhos do outro e faz um comentário, ainda que curto.
Se você age conforme a alternativa D, parabéns! Você está tomando a melhor atitude para a manutenção da harmonia da relação. Embora seja bastante ruim qualquer interrupção durante uma tarefa, o pesquisador John Gottman descobriu que os comentários aleatórios são feitos com o intuito de pedir a atenção do companheiro. A falta de assunto no momento em que se deseja atenção faz com que seja necessário iniciar um diálogo, e a busca por um assunto pode resultar em um comentário completamente aleatório e sem contexto aparente.
Segundo os estudos de Gottman, realizados ao longo de seis anos, quem responde aos comentários repentinos do parceiro tem 3x menos chances de se separar.
Como lidar com os comentários aleatórios?
Por mais que você esteja absorto em uma tarefa, ignorar comentários do outro não são a melhor saída. A dica é interromper o que está fazendo, pelo menos por poucos segundos, para responder ao que foi dito da melhor maneira possível, sem demonstrar impaciência ou ironia. Vale encerrar a resposta com a frase: “Agora estou bastante atarefado, mas poderemos conversar quando eu terminar”. É importante, no entanto, procurar o outro para prosseguir o assunto ao terminar a tarefa, caso contrário terá sido uma falsa promessa.
Agindo dessa maneira o pedido de atenção não será completamente ignorado. As chances de que o companheiro se frustre caem, os riscos de separação também, conforme diz a pesquisa. Tudo isso com o investimento de poucos segundos. Vale ou não vale a pena?