O que você precisa saber antes de morar com seu parceiro (a)

O que você precisa saber antes de morar com seu parceiro (a)
08 mar 2017

A sociedade tem ficado mais prática, e os relacionamentos acompanham essa tendência, fazendo crescer o número de casais que decidem morar junto, abrindo mão do casamento formal. No entanto, é preciso ficar atento quanto a falsa noção de praticidade que a ideia de morar junto traz.

Morar junto não demanda assinar papéis, fazer cerimônia de casamento ou gastar com festa. Se os membros do casal já moravam sozinhos, ou se moravam com os pais e já pretendiam sair de casa, se unir com o parceiro em uma mesma casa trará ainda significativa economia, já que as despesas que já tinham – ou que viriam a ter – serão divididas. Muitos casais que pretendem se casar no futuro, dentro de todas as formalidades, tratam a divisão de um lar como um teste, para saberem se o convívio sob um mesmo teto será de fácil adaptação.

E se a experiência de morar junto der errado? Bom, neste caso uma das grandes vantagens vistas pelos casais é a praticidade para desfazer a união. Se a união não der certo basta cada um voltar para sua vida anterior. Porém, na prática, as coisas não são tão simples assim. Quando se passa a morar com alguém, divide-se as contas, passa-se a utilizar o endereço para o recebimento de correspondências, cobranças e documentos, divide-se o amor e os cuidados com o animalzinho de estimação, vive-se com as finanças planejadas para despesas divididas por dois, muitas vezes, inclusive, pagando prestações de itens adquiridos para a casa, além de estar habituado à vida no novo local.

Além de tudo isso, existe o sentimento envolvido, que faz com que nunca seja fácil encarar problemas na relação, principalmente se forem problemas graves o suficiente para desfazer a união no mesmo lar.

Sendo assim, é preciso tomar cuidado com a ideia de “liberdade” por trás de uma união como essa. É exatamente essa sensação que faz com que os casais não pensem a fundo sobre a viabilidade de morar junto. Pensam que, se não der certo, é só voltar atrás. No entanto, não é tão fácil abandonar a casa, dividir pertences, alterar o endereço de todas as correspondências, ter as despesas multiplicadas por dois (já que não terão mais com quem dividir), fazer a mudança de móveis, se refazer emocionalmente, entre outras coisas. Alterar os planos de maneira inesperada nunca é tarefa simples.

Morar junto não é bom?

Morar junto pode ser uma experiência ótima, saudável e sem fortes contratempos. Não há uma regra que diga que se unir ao parceiro sob um mesmo teto seja ruim. É importante, porém, encarar a decisão com sua devida importância, e não como um teste que pode ser abortado a qualquer momento. Casais que pretendem morar junto precisam refletir e analisar sobre essa escolha, entendendo que, em caso de contratempos, as coisas não serão tão fáceis como parecem. Refletindo sobre esses aspectos é possível tomar uma decisão mais consciente.

Para quem pretende casar

Quem decide morar junto pensando em se casar no futuro também precisa ter cuidado. Estudos apontam que, depois de morar junto, a tendência é o casal postergar o casamento, já que sentem que o principal já fizeram, que já vivem em um casamento, logo, acabam sempre optando por investir seu tempo e dinheiro em outras coisas, não em uma cerimônia e festa de casamento.

Com o tempo, o fato de não ter oficializado o matrimônio pode se transformar em frustração. Os casais nessa situação tendem a ser acometidos por um sentimento instabilidade na relação, pensam que se fossem casados o relacionamento estaria mais estável e seguro. Tal instabilidade pode desencadear conflitos na relação.

Quem pretende morar junto e no futuro se casar, também deve agir de maneira planejada e cuidar da relação, para que o casamento de fato aconteça – se sentirem esta necessidade.

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Ana Carolina Morici
Ana Carolina Morici

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